sábado, 14 de novembro de 2009

No dia em que eu saí de casa

Filho(a) quando nasce é uma alegria tremenda, tudo é festa, se for homem gritam: É um homão, mas se for uma mulher gritam: É uma menininha, mas o que vale é a alegria de ser pai, mãe, avós, titias e porque não até irmãos.Os anos passam começam a querer andar, os primeiros tombos, as primeiras palavras, logo vem o jardim da infância e o pré, com aquelas fotos de todos junto com a Tia (professora), dançam quadrilha e fazem apresentações no final do ano, trazem presentes nos dias das mães e dos pais que muitas vezes nos derrubam com tamanha simplicidade e sinceridade de uma criança que se expressa em uma cartinha ou um poema.

Chega a adolescência, a mudança de escola ou colégio e por conta disto dos amigos, começa tudo de novo fazer novas amizades, conhecer novas pessoas, novos lugares, quando se sentem uma família após anos de estudo se acabam de chorar nas formaturas, pois deverão seguir outros caminhos, outros horizontes.

Assim é a nossa vida de pais que acompanhamos o crescimento e  desenvolvimento de nossos filhos, muitas vezes deixamos de atender uma necessidade nossa para atender á deles, mas o que vale é o sorriso no rosto de satisfação e reconhecimento pelo que foi feito, é gratificante vê-los crescer naquilo que queriam que sonhavam mesmo que para isto tenha um preço, o da distância que dá uma angustia e muita, mas muitas saudades, do teu jeito, do teu sorriso, da tua presença, do teu abraço.

Criamos os filhos para o mundo, mas sempre iremos achar que seremos eternamente pais daquelas criancinhas que levávamos ao pré, que sempre estavam sobre nossos olhos, sobre nossa proteção o tempo passa e espero que com ele você volte....

 

No dia em que eu saí de casa
Minha mãe me disse:
Filho, vem cá!
Passou a mão em meus cabelos
Olhou em meus olhos
Começou falar
Por onde você for eu sigo
Com meu pensamento
Sempre onde estiver
Em minhas orações
Eu vou pedir a Deus
Que ilumine os passos seus...

Eu sei que ela
Nunca compreendeu
Os meus motivos
De sair de lá
Mas ela sabe
Que depois que cresce
O filho vira passarinho
E quer voar...

Eu bem queria
Continuar ali
Mas o destino
Quis me contrariar
E o olhar
De minha mãe na porta
Eu deixei chorando
A me abençoar...

A minha mãe naquele dia
Me falou do mundo como ele é
Parece que ela conhecia
Cada pedra que eu iria
Por o pé
E sempre ao lado do meu pai
Da pequena cidade
Ela jamais saiu
Ela me disse assim:
Meu filho vá com Deus
Que este mundo inteiro é seu...

Eu sei que ela
Nunca compreendeu
Os meus motivos
De sair de lá
Mas ela sabe
Que depois que cresce
O filho vira passarinho
E quer voar...

Eu bem queria
Continuar ali
Mas o destino
Quis me contrariar
E o olhar
De minha mãe na porta
Eu deixei chorando
A me abençoar
E o olhar
De minha mãe na porta
Eu deixei chorando
A me abençoar
E o olhar
De minha mãe na porta
Eu deixei chorando
A me abençoar...


 

Escrito por: Romildo

Música: No dia em que saí de casa (Zezé de Camargo e Luciano)

 

Acessem: http://ourodemina-romildo.blogspot.com

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