segunda-feira, 23 de novembro de 2009

JOVENS

Neste final de semana estivemos eu e minha esposa mais uma vez trabalhando em um encontro de jovens em Itu, interior de São Paulo, são três dias de encontro iniciando na sexta feira e terminando no domingo á noite.

O desgaste físico é muito grande, pelo tempo em que se fica em pé, se dorme muito pouco, andamos muito, mas nada disto nos faz desistir e desanimar para continuarmos a trabalhar nestes encontros, pelo contrário a gratificação em ver os jovens sendo inseridos nas comunidades existentes em nossa paróquia, pelos jovens que mudam a maneira de ver os jovens já engajados, a evangelização e pela maneira de mostrar que eles continuam sendo jovens, alegres, divertidos mesmo adorando e louvando á Deus!

Já participamos em vários outros encontros em outras cidades, mas estes realizados em Itu sempre tem algo mais, tem a lembrança, a saudade, foi neste local que trabalhamos pela primeira vez em 2005 com os jovens e entre eles duas de nossas filhas estavam fazendo o encontro, muito marcante, inesquecível sendo o primeiro que trabalhamos e servimos os jovens junto com nossas filhas.

Trabalhar nestes encontros nos mostra o quanto é bom fazer algo pelo próximo nestes retiros, se desligar um pouco do mundo agitado em que vivemos e nos doar, sim doar para estes jovens, no encontro não tem chefe, mas respeitamos todos como se o fossem, não precisamos marcar cartão de ponto, mas sabemos dos nossos compromissos e horários, você é escalado para fazer algo que muitas vezes nunca fez, mas faz o serviço como se já trabalhasse naquilo há muito tempo, nesta hora percebe-se que Deus não escolhe os capacitados e sim capacita os escolhidos.
Durante este período não assistimos televisão, não lemos jornais, não acessamos a internet e percebemos que não precisamos viver em função destas coisas, devemos sim estar sempre bem informados, mas não escravizados pelos meios de comunicação.

Recomendo á todos que se tiverem a oportunidade, participem destes encontros ou destes trabalhos, não precisa ser um retiro de três dias, porém este tem um sentido todo especial sendo a sexta o momento difícil de querer desistir, da resistência, o sábado parece fazer um pouco de sentido e vemos que temos que mudar, acreditar e no domingo vemos o sentido de todo o trabalho a recompensa (como a paixão de Cristo sexta, sábado e a ressurreição no domingo), espero que deixem despertar o espírito de doação, sempre temos alguém que precisa de um gesto de carinho, de uma palavra e até mesmo de um ombro amigo!

REFLITA!

Escrito por: Romildo
Fotos: Romildo (Casa Nossa Senhora de Nazaré Itu SP)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: o Amor.
Por isso preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixe cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 14 de novembro de 2009

No dia em que eu saí de casa

Filho(a) quando nasce é uma alegria tremenda, tudo é festa, se for homem gritam: É um homão, mas se for uma mulher gritam: É uma menininha, mas o que vale é a alegria de ser pai, mãe, avós, titias e porque não até irmãos.Os anos passam começam a querer andar, os primeiros tombos, as primeiras palavras, logo vem o jardim da infância e o pré, com aquelas fotos de todos junto com a Tia (professora), dançam quadrilha e fazem apresentações no final do ano, trazem presentes nos dias das mães e dos pais que muitas vezes nos derrubam com tamanha simplicidade e sinceridade de uma criança que se expressa em uma cartinha ou um poema.

Chega a adolescência, a mudança de escola ou colégio e por conta disto dos amigos, começa tudo de novo fazer novas amizades, conhecer novas pessoas, novos lugares, quando se sentem uma família após anos de estudo se acabam de chorar nas formaturas, pois deverão seguir outros caminhos, outros horizontes.

Assim é a nossa vida de pais que acompanhamos o crescimento e  desenvolvimento de nossos filhos, muitas vezes deixamos de atender uma necessidade nossa para atender á deles, mas o que vale é o sorriso no rosto de satisfação e reconhecimento pelo que foi feito, é gratificante vê-los crescer naquilo que queriam que sonhavam mesmo que para isto tenha um preço, o da distância que dá uma angustia e muita, mas muitas saudades, do teu jeito, do teu sorriso, da tua presença, do teu abraço.

Criamos os filhos para o mundo, mas sempre iremos achar que seremos eternamente pais daquelas criancinhas que levávamos ao pré, que sempre estavam sobre nossos olhos, sobre nossa proteção o tempo passa e espero que com ele você volte....

 

No dia em que eu saí de casa
Minha mãe me disse:
Filho, vem cá!
Passou a mão em meus cabelos
Olhou em meus olhos
Começou falar
Por onde você for eu sigo
Com meu pensamento
Sempre onde estiver
Em minhas orações
Eu vou pedir a Deus
Que ilumine os passos seus...

Eu sei que ela
Nunca compreendeu
Os meus motivos
De sair de lá
Mas ela sabe
Que depois que cresce
O filho vira passarinho
E quer voar...

Eu bem queria
Continuar ali
Mas o destino
Quis me contrariar
E o olhar
De minha mãe na porta
Eu deixei chorando
A me abençoar...

A minha mãe naquele dia
Me falou do mundo como ele é
Parece que ela conhecia
Cada pedra que eu iria
Por o pé
E sempre ao lado do meu pai
Da pequena cidade
Ela jamais saiu
Ela me disse assim:
Meu filho vá com Deus
Que este mundo inteiro é seu...

Eu sei que ela
Nunca compreendeu
Os meus motivos
De sair de lá
Mas ela sabe
Que depois que cresce
O filho vira passarinho
E quer voar...

Eu bem queria
Continuar ali
Mas o destino
Quis me contrariar
E o olhar
De minha mãe na porta
Eu deixei chorando
A me abençoar
E o olhar
De minha mãe na porta
Eu deixei chorando
A me abençoar
E o olhar
De minha mãe na porta
Eu deixei chorando
A me abençoar...


 

Escrito por: Romildo

Música: No dia em que saí de casa (Zezé de Camargo e Luciano)

 

Acessem: http://ourodemina-romildo.blogspot.com

sábado, 7 de novembro de 2009

Gostava Tanto de Você

 

Eu acho que a gente vive tão mal, que às vezes a gente precisa perder as pessoas pra descobrir o valor que elas têm. Às vezes as pessoas precisam morrer pra gente saber a importância que elas tinham, e isso aconteceu uma vez na minha vida.


Estava eu na minha casa, de manhã, quando recebi um telefonema dizendo que minha irmã estava morta. Minha irmã mais nova, cheia de vida... de repente não existe mais.


Fico pensando assim, que às vezes, na vida, o ensinamento mais doído seja esse: quando na vida nós já não temos mais a oportunidade de fazer alguma coisa,  o inferno talvez seja isso -  a impossibilidade de mudar alguma situação. E quando as pessoas morrem, já não há mais o que dizer, porque mortos não podem perdoar, mortos não podem sorrir, mortos não podem amar, nem tão pouco ouvir de nós que os amamos.


Eu me lembro que uma semana antes de minha irmã morrer, ela havia me ligado. Foi a última vez que eu falei com ela, e eu me recordo que naquele dia eu estava apressado, com muita coisa pra fazer, e fiz questão de desligar o telefone rápido. Sabe quando você fala, mas fala na correria, porque você tem muita coisa pra fazer? E foi assim... se eu soubesse que aquela seria a última oportunidade de ver minha irmã, de olhar nos olhos dela, de falar com ela, eu certamente teria esquecido toda a pressa, porque quando a vida é assim, e você sabe que é a ultima oportunidade, você não tem pressa pra mais nada. Já não há mais o que fazer, e essa é a beleza da última ceia de Jesus.


Não há pressa, o momento é feito para celebrar, a mística da última ceia está ali, Jesus reúne aqueles que pra ele tinha um valor especial, inclusive o traidor estava lá.
E eu descobri com isso, com a morte da minha irmã, que eu não tenho o direito de esperar amanhã pra dizer que amo, pra perdoar, para abraçar, dizer que é importante que é especial.


O amanhã eu não sei se existe, mas o agora eu sei que existe, e às vezes, na vida, nos perdemos... Eu me lembro quantas vezes na minha vida de irmão com ela, nós passávamos uma semana sem nos falarmos, porque houve uma briga, uma confusão. A gente se dava o luxo de passar uma semana sem se falar, e hoje eu não tenho mais nem 5 minutos pra conversar com alguém que foi importante, que foi parte de mim.


Não espere as pessoas morrerem, irem embora, não espere o definitivo bater na sua porta. Nós não conhecemos a vida e não sabemos o que virá amanhã. Viva como se fosse o último dia da sua história. Se hoje você tivesse que realizar a sua última ceia, porque é conhecedor que hoje é o último dia de sua vida, certamente você não teria tempo pra pressa. Você celebraria até o fim, e gostaria de ficar ao lado de quem você ama.


Viver o cristianismo é fazer a dinâmica da última ceia todos os dias. Viva como se fosse o último dia da sua vida; viva como se fosse a última oportunidade de amar quem você ama, de olhar nos olhos de quem pra você é especial.


E depois que minha irmã morreu, um tempo bem passado, eu descobri porque eu gostava tanto dessa música que vou cantar agora. Ela não fala de um amor que foi embora; o compositor fez para a filha que morreu em um acidente; então, fica muito mais especial cantá-la e descobrir o cristianismo que está no meio das palavras, porque é assim, quando o outro vai embora é que a gente descobre o tamanho do espaço que ele ocupava.


Não sei por que você se foi,
Quantas saudades eu senti,
E de tristezas vou viver,
E aquele adeus não pude dar...


Você marcou a minha vida
Viveu, morreu
Na minha história;
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...


E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...


Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado,
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato.
Não quero ver pra não lembrar,
Pensei até em me mudar...
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...


E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...


Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!


Agora o triste da música é que a gente precisa conjugar o verbo no passado, a pessoa já morreu, já não há mais o que fazer.  Mas não tem nenhum sofrimento nessa vida que passe por nós sem deixar nenhum ensinamento...


Tem que nos ensinar, não dá pra sofrer em vão. Alguma coisa a gente tem que extrair...


Extraia o sofrimento e descubra o ensinamento. Se ele algum dia me tocou e me deixou algum ensinamento, eu faço questão de partilhá-lo com você agora. Depois da morte da minha irmã eu faço questão de viver a vida como se fosse o último dia.


Já que o passado é coisa do inferno, e a gente não está no passado, muito menos no inferno, resta a possibilidade de mudar o verbo, de trazê-lo para o presente e de cantá-lo olhando para as pessoas que são especiais. Quem sabe cantando pra ela nesse momento...


Se ela está ao seu lado, se você tem algum amigo que mereça ouvir isso de você, alguém que faz diferença na sua história...


Ao invés de você dizer que gostava, você diz que gosta!


Vamos mudar o verbo! Vamos amar a vida! Vamos amar as pessoas antes que elas vão embora!


E eu...


EU GOSTO TANTO DE VOCÊ! EU GOSTO TANTO DE VOCÊ!                           


Escrito por: Padre Fábio de Melo


domingo, 1 de novembro de 2009

Família continuando

A Palavra FAMÍLIA



Decifrando o significado da palavra Familia:





Father Pai

And E

Mother Mãe

I Eu

Love Amo

You Vocês




Escrito p